No mundo de Snow Crash, a realidade virtual é uma versão distorcida da realidade que se tornou uma obsessão para a sociedade. As pessoas passam a maior parte do tempo conectadas a uma rede mundial de realidade virtual chamada Metaverso, onde podem interagir com outras pessoas e criar seu próprio mundo. O Metaverso é uma espécie de parque de diversões onde tudo é permitido, exceto violações das regras impostas pelas corporações que controlam o acesso a ele.

Hiro Protagonist é um entregador de pizza no mundo real e um hacker no Metaverso. Ele é um samurai hacker, uma classe de hackers especializados em artes marciais e programação. Hiro é um personagem complexo, cheio de conflitos internos, que representa a dualidade da relação das pessoas com a tecnologia. Por um lado, ele ama o Metaverso e a liberdade que ele proporciona, mas por outro lado, ele sabe que a tecnologia está destruindo a sociedade e, eventualmente, extinguindo a humanidade.

A história começa com Hiro sendo contratado para entregar uma pizza para um cliente muito importante que acabou de entrar em contato com um vírus letal de realidade virtual, chamado Snow Crash. O vírus é um programa projetado para infectar e controlar a mente das pessoas por meio do Metaverso. Hiro trabalha com a única pessoa que pode ajudá-lo a solucionar o problema, Y.T., uma entregadora de 15 anos que está acostumada com a vida perigosa das ruas.

Juntos, Hiro e Y.T. partem em uma jornada que os leva a descobrir as verdadeiras intenções por trás do vírus Snow Crash e a tentar impedir que ele se espalhe para além do Metaverso. A história está cheia de ação e reviravoltas, como uma típica história cyberpunk, mas também aborda questões importantes como a privatização da tecnologia, os perigos do controle corporativo e a alienação social que a tecnologia pode causar.

Em Snow Crash, Neal Stephenson faz um trabalho incrível ao criar um mundo altamente imaginativo e possível, ao mesmo tempo que oferece uma visão crítica sobre a tecnologia e sua relação com a sociedade. É uma leitura indispensável para fãs de ficção científica e cyberpunk e uma excelente reflexão sobre a nossa própria relação com a tecnologia.